2006/10/24

Syriana

Syriana é um filme que nos mostra que o negócio do petróleo é dominado por uns sacanas, de várias nacionalidades, e por uns grandes sacanas, norte-americanos.
Origininalidade zero, portanto: desde o final da década de setenta que já sabemos isso através do Dallas. E o Dallas dá baile a este Syriana:
O vilão, J.R., tinha cara de parôlo, sorriso de hiena, pouco cabelo e chapéu de cowboy, o que o tornava um texano credível. No Syriana o mau da fita parece um Lorde inglês;
O Dallas tinha a Lucy – a loira roliça, que dava baldas a toda a gente -, a Sue Ellen – a morena alcoólica que o vilão encornava dia sim, dia sim – e a Victoria Principal – a antecessora da Pamela Anderson, mas em moreno e em natural - enquanto o Syriana se limita a ter uma única gaja, girinha, é verdade, mas que, imaginem, até parece fiel ao marido.
O Dallas, é certo, também tinha o Bobby com o seu corte de cabelo à escafandro, mas, para compensar, havia a Miss Ellie, que, para além de ser uma jóia de senhora, preparava uns fantásticos pequenos-almoços, debaixo do enorme telheiro do mansão principal de Southfork.
Que mais há para dizer sobre o Syriana? Que George Clooney faz mal de gordo e muito mal de espião, e que, claramente, ganhou o Oscar apenas por ser um gajo porreiro (o que não me chateia nada: o Russell Crowe ganhou um Oscar por fazer pessimamente de gladiador, e é uma besta).
Por tudo isto, o Palhaço atribui a Syriana um Silvino.
p.s. Classificação:
Excelente=Preud’homme; Muito Bom=Bento; Razoável=Enke; Medíocre=Silvino; Mau=Bossio

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